O Ateneu

O Ateneu

"O Ateneu" foi publicado em capítulos, no jornal carioca A gazeta de notícias, entre 8 de abril e 18 de maio de 1888, e, devido ao reconhecimento imediato, foi editado em livro no mesmo ano. Escrito em apenas três meses, é considerado o maior romance brasileiro do século XIX depois dos romances realistas de Machado de Assis. Seu enredo consiste na recordação do período de dois anos em que o narrador, Sérgio, passa num tradicional colégio interno do Rio de Janeiro. O ingresso no Ateneu marca as descobertas amargas que acompanharão o narrador daí em diante, os sentimentos de desilusão, opressão e desconfiança, componentes da profunda solidão humana. Seu sentido é o de um ritual de passagem, em que o convívio com os colegas, os professores e o diretor definem a afirmação moral, sexual e intelectual de um menino de 11 anos. Difíceis de definir, o estilo e o significado do romance geraram uma das mais profícuas polêmicas da história da nossa literatura, aqui apresentada e antologizada cronologicamente no final do volume.

R$ 119,90

Ficha Técnica

ISBN 978-85-7715-638-2
Ano de Publicação 2020
Edição
Páginas 362
Dimensões 13,3 × 21,0 cm
Idioma Português

sobre os autores

Raul Pompeia

Raul Pompeia

Raul dÁvila Pompeia (Jacuecanga, Angra dos Reis, 1863–Rio de Janeiro, 1895), polemista radical, abolicionista e republicano, foi um dos maiores escritores brasileiros do século xix, e também um dos mais singulares. Formou-se em direito em Recife, depois de ter se transferido do Largo São Francisco, cujo corpo docente era basicamente composto por escravocratas e monarquistas ultramontanos. Além deO Ateneu, sua obra maior, legou-nos os romances Uma tragédia no Amazonas (1880), As joias da coroa (1882), os contos Microscópicos (1881), os poemas em prosa Canções sem metro (1900), as páginas de crônicas e reflexões recolhidas em Alma morta (1888) e Prosas esparsas de Raul Pompeia (1920–21). Além de ativista político, romancista e cronista, foi professor da Escola Nacional de Belas-Artes, diretor da Biblioteca Nacional, desenhista e pintor. Os desenhos deste volume são de autoria do próprio autor. Raul Pompeia suicidou-se no Rio de Janeiro, no quarto de sua casa, na noite de Natal de 1895.

Organização

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Caio Gagliardi

Caio Gagliardi nasceu em São Paulo, em 1974. Pesquisa e ensina literatura portuguesa nos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo, onde coordena o grupo Estudos Pessoanos, a respeito de Fernando Pessoa. É mestre e doutor em Teoria e História Literária pela e realizou pós-doutorados no Departamento de Teoria Literária – e no Dipartimento di Studi Europei, Americani e Interculturali da Università degli Studi di Roma “La Sapienza”. Organizou, pela Hedra, as edições de O Ateneu, de Raul Pompeia, Mensagem e Teatro do Êxtase, ambos de Fernando Pessoa, e prefaciou A cidade e as serras, de Eça de Queirós, e Poemas completos de Alberto Caeiro.
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Ieda Lebensztayn

Ieda Lebensztayn é pesquisadora de pós-doutorado na Biblioteca Brasiliana Mindlin, (Processo q 166032/2015-8), com estudo a respeito da recepção literária de Machado de Assis. Doutora em Literatura Brasileira. Fez pós-doutorado no sobre a correspondência de Graciliano Ramos. Autora de Graciliano Ramos e a Novidade: o astrônomo do inferno e os meninos impossíveis (Hedra, 2010). Organizou, com Thiago Mio Salla, os livros Cangaços e Conversas, de Graciliano Ramos, publicados em 2014 pela Record.