Raul dÁvila Pompeia (Jacuecanga, Angra dos Reis, 1863–Rio de Janeiro, 1895), polemista radical, abolicionista e republicano, foi um dos maiores escritores brasileiros do século xix, e também um dos mais singulares. Formou-se em direito em Recife, depois de ter se transferido do Largo São Francisco, cujo corpo docente era basicamente composto por escravocratas e monarquistas ultramontanos. Além deO Ateneu, sua obra maior, legou-nos os romances Uma tragédia no Amazonas (1880), As joias da coroa (1882), os contos Microscópicos (1881), os poemas em prosa Canções sem metro (1900), as páginas de crônicas e reflexões recolhidas em Alma morta (1888) e Prosas esparsas de Raul Pompeia (1920–21). Além de ativista político, romancista e cronista, foi professor da Escola Nacional de Belas-Artes, diretor da Biblioteca Nacional, desenhista e pintor. Os desenhos deste volume são de autoria do próprio autor. Raul Pompeia suicidou-se no Rio de Janeiro, no quarto de sua casa, na noite de Natal de 1895.