Balada dos enforcados e outros poemas

Balada dos enforcados e outros poemas

Além da balada que lhe dá nome, e é um dos poemas mais célebres da língua francesa, esta edição reúne excertos de Le lais (O legado, de 1457), obra de juventude, e O Testamento (1461-1462), paródia de um documento jurídico em que retoma tópicas do tempo fugaz e da angústia diante da morte, e incluem poemas ora tristes e desesperados, ora de humor sutil. Em Balada dos enforcados, que foi escrita depois de Villon, um precursor dos poetas malditos, foi condenado à morte. Nele, os mortos pedem aos vivos compaixão e suplicam pela caridade cristã.
R$ 36,00

Ficha Técnica

ISBN 978-85-7715-102-8
Ano de Publicação 2008
Edição
Páginas 208
Dimensões 11,5 × 17,5 cm
Idioma Português

sobre os autores

François Villon

François Villon

François Villon (Paris, c.1431–c.1463) é o poeta francês mais importante da Baixa Idade Média. Sua vida é controversa, já que a pouca informação proveniente dos processos jurídicos que sofreu são comumente confundidas com a persona adotada em seus poemas. Órfão de pai, é criado pelo cônego Guillaume de Villon, de quem recebe o sobrenome. Estuda na Universidade de Paris e ganha o estatuto de clérigo em 1452. Envolve-se em uma briga em 1456, e em seguida, participa de um furto ao colégio de Navarra, fatos que o obrigam a fugir de Paris. Em Blois, passa a fazer parte da corte de Charles d’Orléans, o príncipe-poeta, que compila diversos poemas seus, dentre eles a célebre “Dupla balada”. Em 1461, é preso por razões desconhecidas em Meung-sur-Loire, onde provavelmente compõe “O debate do coração e do corpo de Villon”, e de onde é libertado a pedido de Luís xi. De volta a Paris, envolve-se em um conflito com o secretário Maître Ferrebouc, é preso e finalmente condenado à morte, quando, como supõem alguns biógrafos, escreve a “Balada dos enforcados”. A pena, no entanto, é comutada em um exílio de dez anos. A partir de 1463, não há mais qualquer registro a seu respeito. Sua figura aparentemente marginal, ora ligada aos estudantes da Sorbonne e à associação de clérigos do Palácio, conhecida como Basoche, ora a delinquentes, como os Coquillards, notórios falsificadores de relíquias de Santiago de Compostela, fez com que seu nome fosse reconhecido por alguns autores românticos como o precursor dos poetas malditos.

Tradução

Logo Hedra

Péricles Eugênio da Silva Ramos

Péricles Eugênio da Silva Ramos (Lorena, 1919–São Paulo, 1992) foi poeta, tradutor, crítico literário, antologista e filólogo. Iniciou carreira como redator do Jornal da Manhã em 1941. Por Lamentação floral, seu primeiro livro de poesia, foi agraciado com o Prêmio Fábio Prado em 1946. Colaborou com o Suplemento Literário de O Estado de São Paulo a partir de 1964, firmando-se como um dos mais importantes críticos do país. Idealizou e foi um dos fundadores do Museu de Arte Sacra, do Museu da Casa Brasileira e do Museu da Imagem e do Som. Figura de proa da Geração de 45 em São Paulo, concebeu e realizou vastas antologias de poesia brasileira, publicadas ao longo da década de 1960 pela Melhoramentos: Poesia barroca, Poesia do ouro, Poesia romântica, Poesia parnasiana, Poesia simbolista e Poesia moderna, além de ter organizado as Poesias completas de Álvares de Azevedo (Saraiva, 1957). Profundo conhecedor do grego clássico e do latim, além do inglês, francês e alemão, traduziu obras de Virgílio, Melville, Brecht e Whitman, afora suas clássicas traduções de Yeats, Shakespeare, Góngora, Byron, Villon e Shelley, que a Editora Hedra também publicou. Sua tradução de Hamlet é considerada a mais fiel e bem realizada em língua portuguesa, tendo recebido menção honrosa da Royal Shakespearean Society.

Organização

Logo Hedra

Péricles Eugênio da Silva Ramos

Péricles Eugênio da Silva Ramos (Lorena, 1919–São Paulo, 1992) foi poeta, tradutor, crítico literário, antologista e filólogo. Iniciou carreira como redator do Jornal da Manhã em 1941. Por Lamentação floral, seu primeiro livro de poesia, foi agraciado com o Prêmio Fábio Prado em 1946. Colaborou com o Suplemento Literário de O Estado de São Paulo a partir de 1964, firmando-se como um dos mais importantes críticos do país. Idealizou e foi um dos fundadores do Museu de Arte Sacra, do Museu da Casa Brasileira e do Museu da Imagem e do Som. Figura de proa da Geração de 45 em São Paulo, concebeu e realizou vastas antologias de poesia brasileira, publicadas ao longo da década de 1960 pela Melhoramentos: Poesia barroca, Poesia do ouro, Poesia romântica, Poesia parnasiana, Poesia simbolista e Poesia moderna, além de ter organizado as Poesias completas de Álvares de Azevedo (Saraiva, 1957). Profundo conhecedor do grego clássico e do latim, além do inglês, francês e alemão, traduziu obras de Virgílio, Melville, Brecht e Whitman, afora suas clássicas traduções de Yeats, Shakespeare, Góngora, Byron, Villon e Shelley, que a Editora Hedra também publicou. Sua tradução de Hamlet é considerada a mais fiel e bem realizada em língua portuguesa, tendo recebido menção honrosa da Royal Shakespearean Society.