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Péricles Eugênio da Silva Ramos

Péricles Eugênio da Silva Ramos (Lorena, 1919–São Paulo, 1992) foi poeta, tradutor, crítico literário, antologista e filólogo. Iniciou carreira como redator do Jornal da Manhã em 1941. Por Lamentação floral, seu primeiro livro de poesia, foi agraciado com o Prêmio Fábio Prado em 1946. Colaborou com o Suplemento Literário de O Estado de São Paulo a partir de 1964, firmando-se como um dos mais importantes críticos do país. Idealizou e foi um dos fundadores do Museu de Arte Sacra, do Museu da Casa Brasileira e do Museu da Imagem e do Som. Figura de proa da Geração de 45 em São Paulo, concebeu e realizou vastas antologias de poesia brasileira, publicadas ao longo da década de 1960 pela Melhoramentos: Poesia barroca, Poesia do ouro, Poesia romântica, Poesia parnasiana, Poesia simbolista e Poesia moderna, além de ter organizado as Poesias completas de Álvares de Azevedo (Saraiva, 1957). Profundo conhecedor do grego clássico e do latim, além do inglês, francês e alemão, traduziu obras de Virgílio, Melville, Brecht e Whitman, afora suas clássicas traduções de Yeats, Shakespeare, Góngora, Byron, Villon e Shelley, que a Editora Hedra também publicou. Sua tradução de Hamlet é considerada a mais fiel e bem realizada em língua portuguesa, tendo recebido menção honrosa da Royal Shakespearean Society.