Combo Decolonização e Psicanalise.
A Coleção Decolonização e Psicanálise, como movimento em elipse nas terras psicanalíticas, inaugura um programada continuado de descentralização.
Em obras coletivas e obras autorais, nacionais ou estrangeiras, buscamos recolher o saber-fazer com o resto que escreve respiradouros para a psicanálise. Sustentamos um espaço no qual o acontecimento traumático se escreve pela contingência do desejo. Seu desenho, cuja imagem se constitui a cada pincelada, subverte a ideia original ao tocar o real.
A cada nova obra, esperamos forçar a necessária presença desvelada da herança colonial nos confins do mundo em que habitamos: nosso corpo.
Os livros são:
Sujeito suposto suspeito
> o sujeito suposto suspeito nos possibilita reconhecer, elaborar e trabalhar as relações sociais, econômicas, imaginárias, simbólicas, políticas, pulsionais e raciais no brasil, abrindo a ferida, mostrando como a sociedade brasileira se estruturou baseada na eliminação, no rebaixamento do outro e no esvaziamento do diferente: dos indígenas, depois dos negros escravizados. a suspeita é, portanto, ingrediente constitutivo encarnado na subjetividade brasileira e latino-americana. os ecos continuam fortes hoje <.> emília broide<
ocupar a psicanálise: por uma clínica antirracista e decolonial
> O espelho sobre o qual o mundo ocidental se mirou é branco, cis, heteropatriarcal, colonial e burguês. Atravessá-lo implica reconhecer a pluralidade que habitamos, com consequências para o racismo. À brasileira, ele funciona de um modo denegatório. Sua abordagem inconsciente comporta consequências estruturais, epistêmicas, políticas, afetivas e pulsionais: acirram-se as resistências que podem ou não ser superadas, mas que precisam ser enfrentadas. Ocupação Psicanalítica é este movimento de afrontar e afirmar outras lógicas, a partir da experiência com o inconsciente. O livro, tecido coletivamente, aponta horizontes para uma clínica antirracista e decolonial no terreiro da psicanálise<
A psicanálise em elipse decolonial
> manifesto por uma psicanálise decolonizada . andréa máris campos guerra <.> fora do centro, se complexificam as perspectivas hierárquicas das linhas abissais. o mapa vermelho da violência no sul global desbota o peso imperial. em perspectivismo, caça e caçador se veem de outra humanidade nesses pronomes cosmológicos que nãos os contêm. nem detêm. a escala de grandeza dos seres deixa a ver todo corpo em combustão. a psicanálise arde em sua leitura-escolta. <.> a psicanálise suleia, enegrece, kizomba. abundam novos significantes e outros modos de dialetos e de regozijos <.>