Teatro do êxtase

Teatro do êxtase

“Teatro do êxtase” reúne cinco peças de Fernando Pessoa, concebidas como poemas dramáticos e destinadas mais à leitura do que à encenação. "O marinheiro" (1915), único drama publicado em vida, foi incluído no primeiro número da revista Orpheu e figura, juntamente com "Fausto", como sua peça mais importante. Definida pelo próprio autor como um "drama estático", a obra de matriz simbolista apresenta o diálogo entre três mulheres que velam o corpo de uma donzela, sem nenhuma referência histórica. Ainda estão aqui reunidos "A morte do príncipe", que remonta a "Hamlet", de Shakespeare; "Diálogo no jardim do palácio", com referências platônicas à reflexão sobre o amor e à dicotomia entre corpo e alma; "Salomé, leituras do tema bíblico da mulher fatal"; e "Sakyamuni", representação da ascensão de Siddhartha Gautama ao estado de iluminação. Provavelmente as peças mais acabadas do autor, apresentam como eixo comum a concepção pessoana de "êxtase".

R$ 59,90

Ficha Técnica

ISBN 978-85-7715-647-4
Ano de Publicação 2020
Edição
Páginas 122
Dimensões 13,3 × 21,0 cm
Idioma Português

sobre os autores

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Fernando Pessoa

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 1888–id., 1935) é o mais importante poeta português do século xx. Aos sete anos, muda-se com a mãe para Durban, na África do Sul, onde é alfabetizado na língua inglesa. Em 1905, retorna definitivamente para sua cidade natal e ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Começa a publicar textos de crítica na revista A águia, em 1912, e a colaborar em jornais e revistas, sendo a principal delas a Orpheu. Cria os heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, o “semi"-heterônimo” Bernado Soares e o ortônimo “Pessoa ele"-mesmo”. Durante sua vida publicou em livro apenas Mensagem (1934). Trabalhou em Lisboa como tradutor e “correspondente estrangeiro” de casas comerciais. Falece em decorrência de uma cirrose hepática aos 47 anos, nesta mesma cidade.

Organização

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Caio Gagliardi

Caio Gagliardi nasceu em São Paulo, em 1974. Pesquisa e ensina literatura portuguesa nos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade de São Paulo, onde coordena o grupo Estudos Pessoanos, a respeito de Fernando Pessoa. É mestre e doutor em Teoria e História Literária pela e realizou pós-doutorados no Departamento de Teoria Literária – e no Dipartimento di Studi Europei, Americani e Interculturali da Università degli Studi di Roma “La Sapienza”. Organizou, pela Hedra, as edições de O Ateneu, de Raul Pompeia, Mensagem e Teatro do Êxtase, ambos de Fernando Pessoa, e prefaciou A cidade e as serras, de Eça de Queirós, e Poemas completos de Alberto Caeiro.
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Ieda Lebensztayn

Ieda Lebensztayn é pesquisadora de pós-doutorado na Biblioteca Brasiliana Mindlin, (Processo q 166032/2015-8), com estudo a respeito da recepção literária de Machado de Assis. Doutora em Literatura Brasileira. Fez pós-doutorado no sobre a correspondência de Graciliano Ramos. Autora de Graciliano Ramos e a Novidade: o astrônomo do inferno e os meninos impossíveis (Hedra, 2010). Organizou, com Thiago Mio Salla, os livros Cangaços e Conversas, de Graciliano Ramos, publicados em 2014 pela Record.