Orides Fontela: Poesia completa

Orides Fontela: Poesia completa

KAIRÓS

Quando pousa o pássaro

quando acorda o espelho

quando amadurece a hora

Orides Fontela [1940-1998] foi uma das mais importantes poetas brasileiras da segunda metade do século XX. Da mesma geração de Paulo Leminski, Hilda Hilst, Roberto Piva e Adélia Prado, sua obra se destaca e se diferencia por um alto rigor unido a uma particular beleza áspera, que a tornam, contra a passagem do tempo, cada vez mais contemporânea. Isto é, cada vez mais fundamental para poesia e o tempo presentes. A publicação pela Hedra de sua Poesia completa [organizada e apresentada pelo poeta e crítico literário Luis Dolhnikoff] reafirma e reforça esta condição. A paulista Orides Fontela surgiu na cena literária da segunda metade do século XX descoberta pelo crítico e professor da USP Davi Arrigucci Jr., que em seguida apresentaria sua obra a Antonio Candido. Dessa descoberta resultaria seu primeiro livro, Transposição [1969], seguido de Helianto [1973], Alba [1983? Prêmio Jabuti], Rosácea [1986] e Teia [premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte], compondo uma obra cada vez mais vigorosa, enquanto sua vida caminhava para um fim solitário em um sanatório para tuberculosos em Campos do Jordão. Recentemente, seu biógrafo, Gustavo de Castro, redescobriu uma coleção de 22 poemas inéditos, a maioria ainda em manuscritos guardados entre os livros de sua biblioteca. A reunião de todos os seus livros publicados em vida, junto a essa importante coleção de inéditos, permitiu a organização de sua Poesia completa, que, ao lado de sua biografia, O enigma Orides, [um lançamento Itaú Cultural-Hedra], repõe a vida e a obra de Orides Fontela na corrente sanguínea da cultura brasileira contemporânea.

R$ 129,00

Ficha Técnica

ISBN 978-85-7715-371-8
Ano de Publicação 2015
Edição
Páginas 448
Dimensões 13,3 × 21,0 cm
Idioma Português
Categoria ["poesia"]

sobre os autores

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Orides Fontela

Orides Fontela (1940–1998) nasceu em São João da Boa Vista, onde concluiu o curso normal e tornou-se professora. Seu primeiro livro,Transposição (1969), já nasceu consagrado, com o entusiasmo do parceiro dos bancos escolares Davi Arrigucci Júnior, que incentivou a amiga a publicar e a mudar-se para São Paulo, onde ela estudaria Filosofia nausp. As leituras acadêmicas se combinaram, desde cedo, ao misticismo cristão e à meditação oriental — arranjo que deixou marcas em seus poemas. Seu terceiro livro, Alba (1983), conquistou o prêmio Jabuti de Poesia.Teia (1996) foi contemplado com o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (apca). Seus poemas foram elogiados, em diversos momentos, por críticos do porte de Antonio Candido, Décio de Almeida Prado, Alcides Villaça, Augusto Massi e José Miguel Wisnik. Esse reconhecimento contribuiu para que a autora, em momentos pontuais, alcançasse mais leitores, mas só recentemente sua obra vem conquistando a atenção que merece.

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