Lisístrata

Lisístrata

Uma obra prima do drama universal, esta peça foi representada pela primeira vez em 411 a.C., em Atenas, e tem como mote principal uma hilária greve de sexo feita pelas mulheres gregas. Elas contestavam a então vigente Guerra do Peloponeso. No entanto, não se trata de uma obra datada: o modo como Aristófanes dá voz e cena à singular manifestação faz da peça uma das mais encenadas no mundo contemporâneo.Sem dúvida, o sucesso atual de Lisístrata se deve em parte à exposição de temas caros à modernidade, como a luta pela paz e pelos direitos das mulheres. Apesar disso, a peça não é panfletária nem se resume à guerra dos sexos: ainda que a presença de uma heroína cômica (quiçá a primeira do palco grego antigo) hoje não mais surpreenda, é ainda instigante e engraçado o modo como a perspectiva feminina denuncia as incongruências entre a guerra e a vida privada.A tradução aqui apresentada, revisada e acrescida de notas, foi premiada no II Festival Universitário de Literatura, da Xerox e Livro Aberto, na categoria Tradução, em 1998.

R$ 46,61

Ficha Técnica

ISBN 978-85-7715-156-1
Ano de Publicação 2010
Edição
Páginas 110
Dimensões 11,5 × 17,5 cm
Idioma Português

sobre os autores

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Aristófanes

Aristófanes(c. 450—c. 388 a.C.). Pouco se sabe sobre a vida desse comediógrafo grego, que teria nascido em meados do séculova.C. e morrido, provavelmente com mais de 70 anos de idade, após a encenação de sua última peça (Pluto, 388 a.C.). Desde sua estreia juvenil nos palcos atenienses, a ele se atribuem quarenta títulos e cerca de 900 fragmentos de peças. Várias delas foram premiadas nos festivais em honra ao deus Dioniso. De caráter vigoroso e polêmico, suas comédias lidam de modo intenso com a vida política e cultural da Atenas da época, não raro criticando explicitamente personalidades importantes. Além de consistirem no principal testemunho da fase da comédia grega denominada Archaia (“antiga”, em grego), as onze peças aristofânicas que chegaram ao mundo moderno não deixam qualquer dúvida quanto à genialidade de sua poesia. Hoje em dia, Aristófanes é revalorizado pela maestria no uso de convenções (textuais e cênicas) do gênero dramático. Entre elas, destacam-se recursos humorísticos os mais variados: desde tiradas políticas e “retratos” do casamento, passando por um erotismo mais obsceno e pela sofisticada ironia, até paródias literárias. O riso aristofânico é franco, aberto e não poupa sequer a própria arte.