George Gordon Byron (Londres, 1788—Missolonghi, 1824), dito Lord Byron, poeta inglês que encarnou como nenhum outro o arquétipo do ideal romântico, tanto em sua vida como em sua obra. Nascido em Londres, passa a maior parte da infância na Escócia, com sua mãe, Catherine Gordon. Seu pai, o capitão John “Mad Jack” Byron, morre quando ele contava apenas três anos de idade, depois de ter dilapidado a fortuna da mãe. Aos dez anos, herda o título de lorde e as propriedades de seu tio-avô. Em 1807, publica seu primeiro volume de poemas, Hours of Idleness, recebido com sarcasmo pela The Edimburgh Review. Logo após atingir a maioridade e tomar assento na Câmara dos Lordes, em 1809, viaja pela Europa e pelo Oriente Médio, passando por Lisboa, Espanha, Gibraltar, Malta, e pela Grécia, cuja paisagem e costumes lhe causariam profunda e duradoura impressão. Lá Byron dá início ao Childe Harold’s Pilgrimage. A publicação dos dois primeiros cantos desse longo poema autobiográfico granjeou-lhe fama imediata. Casa-se em 1815 com Anne Isabella Milbanke, que o abandona um ano depois, em parte devido aos rumores da relação incestuosa que Byron manteria com sua meia-irmã Augusta Leigh. Viaja para a Itália, onde inicia romance com a condessa Teresa Guiccioli, envolvendo-se superficialmente na política revolucionária dos carbonários. Em 1819, publica os dois primeiros cantos de sua obra-prima Don Juan, sátira na qual Byron confere ao herói libertino um realismo até então desconhecido, dando uma nova dimensão ao personagem. Engaja-se na luta dos gregos pela independência em 1823, comandando pessoalmente uma brigada de soldados suliotas contra os turcos, mas não chega a presenciar o sucesso da revolução. No ano seguinte, contrai uma febre e falece em Missolonghi, na Grécia.