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Percy Bysshe Shelley

Percy Bysshe Shelley (Field Place, Horsham, 1792–golfo de La Spezia 1822), poeta inglês marcado pelo romantismo, membro da velha nobreza, teve uma vida breve e conturbada, plena de idealismo e ações intempestivas. Inovou na poesia ao empregar uma sucessão de imagens rápidas e ao mesmo tempo vagas e ilusórias, como a névoa, o rio ou o tempo, precisando também fenômenos naturais de forma clara e científica, como em “Ode ao Vento Oeste” (1819). Seus poemas traduzem a tensão entre a paixão e a razão, entre a permanência da natureza e a fluidez da vida, como símile da ideia, de influência platônica, de que há uma ordem eterna na Beleza, no Amor e na Justiça, que os homens sentem mas não são capazes de descrever (“Hino à Beleza Intelectual”, 1816). Shelley ficou conhecido também por manter total repulsa a qualquer forma de despotismo, e assim como William Blake, interpretava a universalidade da religião, dos sistemas políticos e dos códigos morais como potências tirânicas e medíocres. Aos 18 anos, é aceito em Oxford, onde se dedica à poesia, química, filosofia e estudos clássicos, mas é expulso por publicar o panfleto The Necessity of Atheism (1811). Aos 19 anos, casa-se com Harriet Westbrook, amor precoce, que termina tragicamente, com o suicídio de Harriet após a partida de Shelley com Mary, filha do filósofo utilitarista William Godwin, que se tornou conhecida como autora de Frankenstein. Desde 1816 torna-se amigo e admirador de Byron, que ainda não era um poeta reconhecido e a partir de 1818 se instala definitivamente na Itália, onde escreve suas obras mais célebres: o poema “A uma cotovia” (1820), o drama lírico Hellas (1821), a peça Prometeu libertado (1820) e o poema elegíaco por ocasião da morte de John Keats. Morre em um naufrágio na costa italiana e suas cinzas são enterradas em Roma.

Livros

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