Max Schmidt (Hamburgo, Alemanha, 1874–Assunção, Paraguai, 1950), filho de jurista, estudou ciências jurídicas e doutorou-se em direito romano na Universidade de Erlangen, em 1899. Entre este ano e 1929, trabalhou no Museu de Antropologia de Berlim, primeiro como voluntário, depois como assistente de direção e, por fim, como chefe da seção americanista. Em 1916, defendeu seu segundo doutorado, desta vez em antropologia, com a tese “Os Aruaques”. No ano seguinte, tornou-se professor da Universidade de Berlim. Em 1929, mudou-se definitivamente para a América do Sul, inicialmente para o Brasil e em seguida para a capital paraguaia Assunção. Ali lecionou na Escuela Superior de Filosofía, e dirigiu entre 1934 e 1946 o Museo Etnográfico Andrés Barbero. Schmidt foi um dos pioneiros da etnologia sul-americanista, ao realizar três expedições ao Brasil central e ao Pantanal (em 1900, 1910 e 1926–1828), além de várias pequenas incursões de campo durante sua estadia no Paraguai. Publicou artigos e livros sobretudo nos âmbitos da etnologia indígena, antropologia jurídica e econômica. Faleceu em Assunção, no ano de 1950.