A linguagem fascista

A linguagem fascista

A partir de uma perspectiva histórica e da exposição dos usos da linguagem pelo regime nazista, “A linguagem fascista” traça um paralelo entre dois casos emblemáticos da linguagem do fascismo e do neofascismo: os discursos de Benito Mussolini e de Jair Bolsonaro. A comparação entre seus desempenhos oratórios apresenta ao leitor as principais características dessa linguagem, seus recursos e seu funcionamento, mas também sua conservação e suas transformações, ao passar da Itália do século XX ao Brasil do século XXI. Com base nos estudos do filólogo alemão Victor Klemperer, identificam-se os usos linguísticos mais característicos e os aspectos mais fundamentais da oratória fascista para, assim, compreender esse sistema de produção de crenças, devoções e fanatismos, sejam eles dedicados ao Führer, ao Duce ou ao Mito.

R$ 69,00

Ficha Técnica

ISBN 978-65-89705-08-6
Ano de Publicação 2020
Edição
Páginas 254
Dimensões 12,7 × 19,1 cm
Idioma Português
Coleção

sobre os autores

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Carlos Piovezani

Carlos Piovezani é linguista, professor associado do Departamento de Letras e do Programa de Pós"-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos e Pesquisador do cnpq. Foi coordenador do ppgl/ufscar e coordena o Laboratório de Estudos do Discurso (labor/ufscar) e Grupo de estudos em Análise do discurso e História das ideias linguísticas (vox/ufscar). É autor de A voz do povo: uma longa história de discriminações (Vozes, 2020) e de Verbo, Corpo e Voz (Editora unesp, 2009) e organizador, entre outras, das seguintes obras: Saussure, o texto e o discurso (Parábola, 2016), História da fala pública (Vozes, 2015), Presenças de Foucault na Análise do discurso (Edufscar, 2014) e Legados de Michel Pêcheux (Contexto, 2011). Foi Professor convidado da École des Hautes Études en Sciences Sociales (ehess/Paris) e Professor visitante da Universidad de Buenos Aires (uba). O autor agradece ao cnpq pelo financiamento de suas pesquisas.
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Emilio Gentile

Emilio Gentile é historiador, professor emérito da Università La Sapienza de Roma e membro da Accademia Nazionale dei Lincei. É considerado um dos mais importantes historiadores do fascismo em todo o mundo. Desde a década de 1970, já publicou dezenas de obras incontornáveis para o estudo do fascismo e traduzidas em vários idiomas. Entre outras, é autor das seguintespublicações: Le origini dell’ideologia fascista (Laterza, 1975), Il mito dello Stato nuovo (Laterza, 1982), The Sacralization of Politics in Fascist Italy (Harvard University Press, 1996), Fra democrazie e totalitarismi (Laterza, 2001), Politics as Religion (Princeton University Press, 2006), E fu subito regime. Il fascismo e la marcia su Roma (Laterza, 2012), In Italia ai tempi di Mussolini (Mondadori, 2018), Quien ès fascista (Alianza Editorial, 2019). Gentile recebeu, entre outras distinções, o prêmio Hans Sigrist da Universidade de Berna (2003) e a condecoração Renato Benedetto Fabrizi da Associazione Nazionale dei Partigiani d’Italia (2012).